MEZINHAS



SALAPISMO
           Pode-se fazer salapismo de malvas. Escalda-se, escorre-se a água, amassa-se e mete-se um paninho de linho e aplica-se na ferida.
            Além de malvas pode-se fazer salapismo com ervas aromáticas, por exemplo, com a flor do sabugueiro. 


VENTOSAS
É um copo de vidro, punha-se um pouco de algodão lá dentro a arder e depois chapa-se logo rápido em cima da dor. Ficava agarrada á pele, estufava e ficava muito pegado para se agarrar, carregava-se na pele esta ganhava ar e arrancava-se sem ferir. Passava a dor, curavam-se as pneumonias, pleuresias, dores nas costas, assim pontadas… 


PRISÃO DE VENTRE EM BÉBE
Untar um talo de couve cortado em jeito de cunha. Untá-lo com azeite e colocá-lo no rabinho da criança. 


HEMORRÓIDAS
Para curar as hemorróidas ferviam-se malvas e alfabaca da cobra. Depois a pessoa lavava-se com aquela água. Actua como desinfectante; ou então fazer uma boneca num pau e encharcá-lo com tintura e metê-lo no rabo… 


PRISÃO DE VENTRE
Papel pardo, untar com azeite e enrolá-lo, metê-lo no rabo. Andava corado, e tudo cantava e assobiava e agora não. 

 
COBRELO OU COBRÃO
Às vezes apareciam no corpo manchas e estas iam alastrando e formando o desenho do bicho que causou a mancha. Quando a cabeça se juntasse com o rabo a pessoa morria. Tinha-se que recorrer a estas mezinhas:
“Aqui te corto,
cobra ou cobrão.
Ou bicho de toda a nação.
Assim como Deus mandou este mal,
Mirrado sejais!”
Diz-se estas palavras passando com as costas da faca e com a mão esquerda. E sempre a carregar para o lado esquerdo, em todo o lado do cobrelo ou cobrão. Faz-se três vezes ao dia ou cinco ou sete ou nove conforme a ocasião.